Crônica da Escrita

terça-feira, novembro 21, 2017

Como vocês sabem, escrever é uma das minhas grandes paixões. Mesmo estando meio preguiçosa ultimamente é algo que faço com muito amor e com o coração. Por isso, escrevi essa Crônica - intitulada Crônica da Escrita - que descreve muito bem a minha relação com as letras desde que me conheço por gente. Espero que vocês apreciem a leitura, aí vai...

Já faz tempo que eu escrevo, aliás, escrever é uma paixão que tenho desde a infância, mesmo antes de me alfabetizar. A ansiedade de escrever cresceu junto comigo e era tanta, que me lembro, ainda aos quatro anos de idade rabiscava revistas, folders de supermercado que a minha mãe acumulava, e qualquer outra espécie de papel que dava “bobeira” na minha frente.

Quando entrei na escola essa vontade de escrever só aumentou. Enquanto meus colegas reclamavam por terem de copiar todo o conteúdo do quadro, lá estava eu, toda animada, escrevendo. E como se não bastasse, com canetas de várias cores e com regras para cada uma. Para o título, usava sempre a vermelha, subtítulo de preta e o restante em azul. Essa era a ordem.

Enquanto todo mundo era tomado pela preguiça e preferia abreviar as palavras, eu, ao contrário, sempre as escrevi inteiras por vontade própria, não importava o tamanho delas. Pra quê escrever “apto” se você pode escrever “apartamento”? Sempre achei tão mais bonito e organizado dessa forma...

Nas férias, pra não deixar o tédio tomar conta, comprava cadernos. Um era para letras de música, outro para receitas (que eu nunca fiz) e mais um para poemas (sim, gostava de expressar a imaginação por meio deles). Depois de alguns anos juntei uma pilha de cadernos, todos escritos e com pouquíssimas folhas sobrando, e essa mania continuou até depois dos meus 20 anos.

Fiz faculdade de jornalismo. Afinal, escrever é um requisito e para mim, um exercício. Nessa época não só as canetas e lápis eram as minhas ferramentas de trabalho, como também o computador, o celular e o tablet. Independente de ser no papel ou na tela, sempre gostava de ver o número de caracteres aumentando. Nunca consegui explicar como isso me faz sentir bem. Gosto das letras.

Muitos textos desde então foram escritos. Pra falar a verdade eu não consegui e nem sei se conseguirei contar! Releases, reportagens, notícias, roteiros, críticas, artigos, editoriais, contos, crônicas e especialmente matérias de moda, área que escolhi para atuar. Dois anos depois de ter me formado, continuo escrevendo cada dia mais. Ligo o notebook e não saio dele enquanto não termino todos os textos programados para o dia. E sempre que posso faço mais um, gosto de desafiar a minha capacidade em número de caracteres.

O meu dead line é sempre antes do prazo, aliás, não sei por que me cobro tanto, talvez isso tenha a ver com aquela ansiedade de escrever que me pertence desde a infância. É como se eu precisasse terminar tudo muito rápido, porque alguém está esperando (mesmo que não esteja).

Escrever faz parte de mim, é o combustível que me move e não consigo imaginar o que seria do mundo sem a escrita. Ou melhor, o que seria de mim sem ela?!

É por meio das palavras que eu me encontro, todos os dias. Se não fossem elas não estaria aqui neste texto!

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