Somos todos bobos do tempo
quinta-feira, dezembro 31, 2015
Sai
ano, entra ano, mas uma coisa não muda: somos todos bobos do tempo!
Acreditamos que a transição pode transformar os rumos e quem sabe,
até as consequências – talvez possa –, mas a mudança está
apenas em nossas mãos. Questões externas podem alterar o futuro,
mas o tempo não é o principal encarregado. Sempre jogaremos a culpa
nele, afinal, somos todos bobos do tempo!
O
tempo é um companheiro constante, daquele que não desgruda nem
enquanto dormimos e muito menos quando achamos que se trata apenas de
uma ilusão... e mesmo que não ouçamos o tic
tac do
relógio, ele nos acompanha no celular, no cronômetro enquanto
fazemos qualquer atividade, na playlist que ouvimos enquanto tomamos
banho, na espera pelo ônibus ou pela carona para irmos ao trabalho
(ou a qualquer outro lugar), na ansiedade pela sexta-feira, nos
tédios dos feriados e no fim do calendário.
E
o que fazemos com ele? 15 minutos aqui, meia hora ali,
duas horas cá; e só em meados de dezembro é quando nos damos conta
que já se passaram mais 365 dias; exatas 8760 horas que poderíamos
lutar para alcançar nossos objetivos!? Será? É essa a grande
interrogação que fica quando pensamos nos dias e não nas horas...
Afinal, somos todos bobos do tempo e na nossa cabeça talvez não
seja possível fazer tanta coisa em um ano - claro que isso depende
do tamanho da sua lista - e se você não faz uma, ótimo! Menos
frustração para guardar em uma garrafa cheia de papeizinhos
dobrados.
Você
já parou para pensar que o seu tempo tem o mesmo valor que o meu?
Sejam dez minutos, uma hora, um ano, sim, o relógio e o calendário
têm a mesma medida e preço para todos nós (uma pena que nem todos
reconheçam). Meus cinco minutos não são menos valiosos que os seus
- seja lá qual for a situação -, e é dessa preciosidade única da
medição desse período contínuo, que nos tornamos escravos. Mas a
gente só percebe o seu valor e o que mais poderia ter feito, quando
o ano acaba! Esse choque de realidade liga a vontade de deixarmos de
sermos “bobos” e de correr atrás de tudo o que queremos, sem
pensar no tempo.
Os
anos (principalmente) nos tornam reféns dos objetivos, das metas e
por vezes, das frustrações. As autocobranças passam pra lá do
limite quando chegamos nessa época, e por que? Porque somos bobos
do tempo, dos 365 dias que não deram tão certo assim, ou até foram
bem, mas como sempre, alguma coisa não saiu como estava planejada. É
em meio a esse fim e ao novo começo, que a reflexão e o sentimento
de que não agimos o suficiente vêm à tona!
Mas
como proceder com
essa enxurrada de pensamentos que te pegam no dia 31 de dezembro, por
volta das 23h15 (e na maioria das vezes muito antes)? Em primeiro
lugar, parar de medir o tempo pode ser a sua maior conquista para
2016! Deixemos-o, e apenas lutemos com força e vivamos com fé...
Não é tempo o fator que muda a nossa história e nem o nosso rumo,
ele apenas nos traz a sensação de passado, presente e futuro;
sensação esta, que está em constante mudança.
Em
2016, desejo que eu e você sejamos menos bobos do tempo, que nos libertemos dele e não continuemos seus escravos. Anseio que a nossa força seja a
principal medida, e que o conceito de tempo não roube as energias.
Que o “relógio” não seja a maior das preocupações e que daqui
365 dias não se torne novamente um carma (como foi 2015 segundo a
numerologia, e na percepção e experiência de muitas pessoas). Se
não puder fazer tudo, faça tudo o que puder – independente do
tempo, das horas, dos meses, dos anos...
Feliz
2016!!! Repleto de só coisas boas...
Sobre a Autora:
Gerusa Florencio 28 anos, virginiana, jornalista, adora maquiagem, mas sua grande paixão é a moda. Me siga no Instagram e Facebook. |
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